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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Operação Lei Seca ajuda a diminuir preços dos seguros

Conscientizar a população da importância de nunca dirigir depois de beber é o principal foco da Operação Lei Seca. O trabalho dos agentes de fiscalização e educação, no entanto, gera outros benefícios para a sociedade fluminense. Com menos condutores irresponsáveis nas ruas, o número de acidentes diminuiu drasticamente nos últimos anos. Além de menos mortes e gastos hospitalares, a operação obteve mais um índice positivo: o menor número de colisões registradas fez com que o valor médio dos preços de seguros de automóveis no estado também caísse.

O Rio de Janeiro apresentou uma queda expressiva no número de batidas a partir de 2007. Antes da lei nº 11.705 entrar em vigor, os índices de colisões na Zona Sul, Tijuca e em Niterói eram de 5,52%, 5,48% e 5,78%, respectivamente. Com a nova norma e a criação da Operação Lei Seca, os números caíram significativamente, passando, em quatro anos, para 4,09%, 4,60% e 4,32%, respectivamente. Com menos acidentes, as empresas passaram a gastar menos recuperando carros e, consequentemente, abaixaram seus preços.

– Não vislumbro nenhum outro fator que explique uma queda tão acentuada no número de colisões que não seja a Operação Lei Seca. Se as blitzes não estivessem nas ruas, a situação teria se agravado devido, principalmente, ao grande número de smartphones disponíveis no mercado, outro grande vilão da condução responsável – explica Roberto Santos, vice-presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Infográfico colisões
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O cálculo para definir o valor cobrado pela seguradora é complexo. Influenciam no somatório o local onde o motorista reside, sua idade e gênero, a possibilidade de estacionamento protegido e o modelo e marca do veículo. Cerca de 70% do custo reflete o quanto a empresa planeja gastar em peças de reposição, e os 30% restantes são reservados para o custo de mão de obra. Com menos acidentes, ambas as variáveis entram em declínio, ocasionando uma diminuição no preço final ao consumidor e o aumento da quantidade de automóveis resguardados no estado.

– A mudança de comportamento do consumidor gerou uma alteração na postura das empresas. É muito benéfico cobrar menos e conseguir ter mais clientes, por isso sempre apoiamos campanhas e ações que atentam para a responsabilidade do condutor quando se trata da combinação bebida e direção. Até o fim de 2008 eram cerca de 920 mil veículos garantidos por operadoras. Com tarifas mais acessíveis, o estado passou a ter mais de um milhão de veículos segurados – afirma Roberto.

As extensivas operações de fiscalização à noite também podem ajudar a inibir crimes como roubos e furtos de carros, na opinião do especialista. A massiva presença policial na parte do dia em que esses crimes são cometidos com maior frequência desencoraja a atuação de criminosos.

– Mais automóveis rodam hoje com IPVA pago e vistoria realizada, porque as pessoas sabem que isso lhes será cobrado em uma fiscalização. As ruas estão mais tranquilas em vários aspectos – conclui.

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